programa
Agradeço a possibilidade de ministrar este pequeno seminário no CEP sobre a clínica lacaniana. Celebro a oportunidade que me foi dada de poder pensar um discurso do método psicanalítico e em que ele seria “lacaniano”.
E mais, isso nos levaria a perguntar em que consiste um psicanalista lacaniano, ou seja, existe um modo lacaniano de ser psicanalista (supondo-se que saibamos, o que ainda está por ver-se, o que é um psicanalista)? Em todo caso, se tal coisa existir, há de ser algo diferente de marcar os pacientes de 15’ em 15’, ou imitar aquilo que dizem que Lacan fazia com seus pacientes.
O que gostaria de fazer trabalhar é a pergunta: Existe uma clínica lacaniana? E que não se imagine que se trata de uma pergunta retórica cuja afirmação está garantida de antemão. Para o segundo encontro, proponho debater os elementos para uma teoria da prática, digamos. Concretamente, a teoria do “ato analítico”, como Lacan denomina a nossa ação. Aqui teremos que lidar com ideias como a de que o inconsciente se inventa, que a técnica é a ética e esta é o estilo (o que nos dá que a técnica é o estilo). Reservaria para o último encontro uma reflexão sobre o que se denomina “discurso do psicanalista”, que na minha opinião, é o nome do campo tanto da nossa ação, como da nossa epistemologia. Nos veremos lá.

datas
sábados | 14, 21 e 28 de agosto

horário | 9h às 12h

carga horária
9 horas (3 aulas de 3 horas cada)

dirigido
a psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, estudantes e profissionais das áreas da saúde