Freud, muito cedo, percebeu que a construção de uma boa relação transferencial era o que possibilitava ao analista conduzir o tratamento. Por outro lado, ele também observou que um dos aspectos mais delicados da prática clínica é o manejo da transferência. Isso porque a transferência nunca está desacompanhada da resistência, ou seja, ao lado da entrega da sua história e dos seus sintomas à escuta do analista, o paciente resiste ao encontro com ideias e fantasias que muitas vezes lhe causam angústia, embora seja esse encontro que faça com que a evolução do tratamento possa se dar. É essa dinâmica, própria à relação transferencial, que requer o manejo adequado do analista para que ele seja um facilitador na condução do tratamento.

PROGRAMA
- A técnica da sugestão e os primórdios da transferência
- Conceitos metapsicológicos para compreensão da relação transferencial
- A construção da transferência nas entrevistas iniciais
- Freud e a dinâmica da transferência
- Lacan e a interpretação na transferência
- Recordar, repetir, elaborar: incidências na prática clínica
- A técnica da interpretação, seus fundamentos clínicos e utilização na escuta do paciente
- O manejo das resistências na direção do tratamento
- A ética psicanalítica na relação transferencial