com Elizabeth Cardoso Paula e Paula Regina Peron, coordenação Luiz Cordeiro Dias Tavares

programa
Em seu percurso, Freud abordou frequentemente a aproximação entre Literatura e Psicanálise. Em muitas de suas páginas dedicadas ao enigma da feminilidade esta questão foi posta em termos de linguagem. Lacan reafirma Freud quando estabelece a equivalência entre a mulher e a verdade, visto que só podemos semidizê-las. O movimento constante do dizer faz escapar as certezas de que, no ato mesmo da construção, desfaz-se em um continuum que mantém o leitor atento por mil e uma noites infinitas. A literatura que se faz palavra poética na arquitetura da feminilidade estará presente nesta mesa. Na vertente da Psicanálise, problematizaremos noções em torno do feminino, a partir de leituras contemporâneas tomando Freud como ponto de partida. Propomos ser possível falar em uma literatura pós-psicanalítica, da qual Siri Hustvedt é uma representante quando tangencia a Psicanálise, a Psicologia, a Filosofia, as neurociências, o feminismo, a crítica artística, a Antropologia, entre outros saberes. Tomaremos ainda as considerações da psicanalista Juliet Mitchell e sua produção sobre a artista plástica Louise Bourgeois como ponto de discussão de impasses relativos às teorias psicanalíticas sobre as feminilidades e suas manifestações.

horário | 19h às 21h

dirigido
a psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, estudantes, profissionais das áreas da saúde e interessados nas relações entre Literatura e Psicanálise