Quando falamos de suicídio estamos falando sobre processos autodestrutivos. Um processo de esgotamento psíquico como um esvaziamento de si, onde é difícil “sentir” a vida, apenas sobreviver a ela, o qual todo ser humano está sujeito a passar. Por isso falar de prevenção e posvenção ao suicídio é falar de NÓS, falar da cultura, das relações humanas, da nossa existência. É entender o suicídio como um fenômeno social, e não por um aspecto individual e biologizante.
Hoje nos relacionamos por rede que nos conecta há tudo e com todos sem barreiras geográficas ou do tempo, porém vemos cada vez mais pessoas distantes e isoladas emocionalmente. Em paralelo a isso atualmente vivemos uma perfeição nos processos da vida. Buscamos o amor perfeito, o trabalho perfeito, a vida perfeita. Não encontramos. Autores discutem o quanto nossa forma de vida nos convoca a um estado de perfeição e nesse lugar não há espaço para a frustração, para a tristeza, para a dor. Diante desse contexto podem surgir outras maneiras para aliviar uma dor que é na alma, e nesse caminho muitos tiram a própria vida. Ao partirem o impacto é profundo que, segundo estatísticas, afetam em média 115 pessoas.
Surgem diversos estudos que enfatizam as contradições provenientesdessas relações horizontais e que exigem das pessoas uma grande carga de energia psíquica para se manter numa sociedade do espetáculo e de produção. Para
lidar com tantas exigências temos um aumento desenfreado de transtornos mentais como ansiedade, depressão, fobias e demais sintomas emocionais. Segundo dados do Ministério da Saúde em 2017, por ano 11 mil pessoas se suicidam no Brasil. Por sua prevalência de alto índice o suicídio é entendido como um complexo fenômeno que envolve diversos fatores mentais, psíquicos e sociais. Até que ponto essas contradições vividas na contemporaneidade podem estar implicadas num processo autodestrutivo como a lesão autoprovocada?
Hoje se torna cada vez mais urgente compreender esses processos autodestrutivos que se apresentam em todas as áreas humanas, seja nos grupos de trabalho, na educação, na saúde, na família, em grupos sociais, etc. Por isso no curso serão discutidos vários eixos por onde percorre a vida, analisado de forma multifatorial por ser a espécie humana tão complexa e em constante mutação. Se você é da área da saúde, da educação, segurança, administrativa, enfim... esse curso é para você.
No curso serão apresentados os aspectos que perpassam o suicídio desde oseu conceito sócio-histórico, perfil epidemiológico, possíveis determinantes socioculturais que auxiliam na compreensão de quais caminhos percorrer para o
acolhimento de uma dor existencial que permeiam o fenômeno. A partir da abordagem humanista da Psicologia Analítica e da visão Sistêmica, será proposto a discussão para a intervenção de algumas características e sintomas considerados fundamentais para a prevenção e posvenção ao suicídio.
O curso será online, ao vivo. Com desconto para estudantes e emissão de certificado.
Mais informações:
Email
[email protected]
Whatsapp 11-95732-4648
Maria Luzinete Rodrigues de Macedo
Psicóloga clinica, CRP 06/135358, especialista em Constelação Familiar Sistêmica, pós-graduanda em Psicologia Analítica e Suicidologia. Coordenadora do projeto S.O.S Acolhimento em prevenção e posvenção ao suicídio, participante do grupo RAISERS e Mapa do Acolhimento.